A 21 de Dezembro de 2015, a República da Costa do Marfim, através do Ministério da Economia e Finanças, fechou o seu primeiro Sukuk al-Ijara ("Sukuk"), em moeda local, no valor de 150 mil milhões de CFA (244 milhões de USD). A Corporação Islâmica para o Desenvolvimento do Sector Privado ("ICD") (www.ICD-idb.com), um dos braços do Banco Islâmico de Desenvolvimento com sede em Jeddah, funcionou como Organizador Principal.

O Sukuk possui uma maturidade de cinco anos e foi subscrito por investidores institucionais regionais e internacionais. Alguns pequenos investidores dos oito países membros da União Económica e Monetária da África Ocidental (UEMAO) também subscreveram o Sukuk.

O CEO da ICD, Khaled Mohammed Al Aboodi, comentou: "A ICD fará o seu melhor para contribuir para a transformação do Mercado de Capitais da UEMAO. A ICD está empenhada em promover e aumentar substancialmente o volume de operações de financiamento islâmico para as economias da União".

Enquanto Organizador Principal, a ICD foi mandatada pela República da Costa do Marfim para estruturar um Programa de Sukuk, nomear e realizar a coordenação com outros consultores, efectuar a ligação com responsáveis do governo e supervisionar todo o processo da oferta de Sukuk. A ICD está a desempenhar um papel importante para ajudar os países africanos a entrar no mercado. Com a assistência da ICD, o Senegal emitiu o primeiro Sukuku soberano da UEMAO no mercado regional, o que abriu caminho para outros países da África Ocidental considerarem o Sukuk como uma ferramenta alternativa de financiamento.

Os compradores do Médio Oriente e Norte de África foram atraídos pelas perspectivas económicas da Costa do Marfim. Ao nível da região, 56% do Sukuk foi alocado à África Ocidental e 6% à África do Norte, enquanto os compradores do Médio Oriente adquiriram 38%.

Esta operação de referência recebeu recentemente dois prémios: o de "Operação Sukuk do Ano (2015)" e o de "Operação do Ano em África (2015)", atribuídos pelo Islamic Finance News (IFN)